Os Estados Unidos podem ampliar a proibição de embarcar com laptops em voos que entrem no país de determinados aeroportos, afirmou nesta quarta-feira o secretário de Segurança Interior, John Kelly.
A ameaça de uma bomba escondida em um computador exploda "é real", garantiu em uma audiência no Senado.
"Talvez tomemos medidas em um futuro não muito distante para estender (o veto) a outros aeroportos", afirmou.
Os Estados Unidos proibiram no mês passado o embarque com computadores portáteis, tablets e outros dispositivos eletrônicos em voos diretos para os Estados Unidos procedentes de 10 aeroportos, alegando risco de atentados.
Todos os países afetados são aliados ou sócios de Washington: Turquia, Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Emirados Árabes Unidos e Marrocos.
O Reino Unido também adotou medidas parecidas em voos com destino ou procedente de Turquia, Líbano, Jordânia, Egito, Tunísia e Arábia Saudita.
Funcionários especializados em antiterrorismo alertaram que grupos extremistas estão desenvolvendo bombas escondidas nas baterias de aparelhos eletrônicos.
Segundo Kelly, dezenas de células terroristas consideram a possibilidade de executar ataques desse tipo "algum dia".
"Só devemos vigiá-los para ver se passam à ação. É uma ameaça real que existe todo instante", disse o secretário. "Se não podemos frustrar a ameaça, podemos realizar ajustes adicionais em um futuro próximo".