#BREAKING: Statement from @DeptOfDefense spokesman on U.S. strike in Syria - https://t.co/optQFaIv4d pic.twitter.com/6NRbLhbHRp
%u2014 U.S. Navy (@USNavy) 7 de abril de 2017
São Paulo – Em resposta a ataque químico que deixou dezenas de mortos na Síria no começo da semana, entre eles muitas crianças, os Estados Unidos bombardearam o país na noite desta quinta-feira. Foi a primeira ação militar americana direta na Síria durante o governo do presidente americano Donald Trump, que logo depois de autorizar a operação fez pronunciamento oficial defendendo a retaliação dos EUA.
Donald Trump, declarou que o ataque foi "vital para a segurança nacional", recordando que Assad atacou com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos".
O ataque surpresa, apesar da advertência da Rússia para as "consequências" de uma ação militar unilateral, marca uma reviravolta para Trump, que durante sua campanha eleitoral rejeitou a ideia de os EUA serem arrastados para a guerra civil daquele país.
Porém, após o ataque químico – que Washington acredita ter sido conduzido pelo regime de Bashar al-Assad e fez mais de 80 vítimas – o presidente disse que o ocorrido era uma "desgraça para humanidade" e que "ultrapassou muitos limites".
Cerca de 60 mísseis Tomahawk disparados de navios de guerra no Mar Mediterrâneo miraram uma base aérea síria, em retaliação ao ataque químico.
Trump não anunciou a retaliação com antecedência, embora ele e outras autoridades de segurança nacional tenham aumentando os alertas contra o governo sírio ao longo desta quinta-feira.
O ataque acontece enquanto o republicano recebe o presidente chinês, Xi Jinping, em uma reunião em que devem discutir os lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte.
As ações de Trump na Síria podem sinalizar à China que o novo presidente não tem medo de tomar medidas militares unilaterais, como foi o caso do bombardeio desta quinta-feira.
Reação
A TV estatal em Damasco qualificou o ataque como "agressão americana contra alvos militares sírios com diversos mísseis".
Mais cedo, o Conselho de Segurança das Nações Unidas não havia conseguido obter um acordo sobre uma declaração envolvendo o ataque com armas químicas, enquanto circulavam informações sobre a possibilidade de um bombardeio americano à Síria.
No final da reunião, o embaixador da Rússia, Vladimir Safronkov, advertiu para os riscos de uma ação militar americana no país.
"Se ocorrer uma ação militar, toda a responsabilidade recairá sobre os que iniciaram uma empresa tão trágica e duvidosa", disse o diplomata russo, na saída da reunião.
O ataque desta quinta-feira representa um claro giro na política americana em relação ao tema. Há apenas uma semana, a diplomata americana na ONU, Nikki Haley, declarou que a saída de Assad do poder não estava entre as "prioridades" de Washington.
(Com informações de Matheus Maderal, AP, AFP, AE e da Dow Jones Newswires)