Os Estados Unidos optaram por "reservar sua posição" em relação aos compromissos adquiridos pelo G7 no Acordo de Paris sobre o clima (COP21), disse o ministro de Desenvolvimento Econômico italiano, Carlo Calenda, que presidiu a reunião.
Não foi possível, portanto, assinar uma declaração comum de todos os membros do grupo dos sete países mais industrializados do mundo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e Itália), detalhou.
Diante das reservas dos Estados Unidos, que confirmaram estar em uma fase de revisão da sua posição em termos de mudanças climáticas, a Itália decidiu não propor uma declaração comum, devido à falta de acordo unânime em todos os temas, acrescentou Calenda.
O presidente americano, Donald Trump, tomará uma posição "antes do fim de maio" sobre o Acordo de Paris, assinado no final de 2015 na capital francesa por mais de 190 países, entre eles os Estados Unidos, que ele criticou fortemente durante sua campanha eleitoral, anunciou a Casa Branca em março.
"Estamos analisando as questões ligadas ao acordo e esperamos chegar a uma decisão antes da cúpula do G7 (na Itália), no final de maio, ou inclusive antes", declarou então Sam Spicer, porta-voz da administração americana.
Esta decisão reativou as especulações sobre a atitude que a Casa Branca pensa em adotar em relação a este acordo para tentar limitar o aquecimento do planeta. Estados Unidos, o segundo maior emissor de gases de efeito estufa, atrás da China, teve um papel central na concretização desse texto ao assinar previamente um acordo com Pequim.