Dylann Roof se declara culpado em julgamento por massacre racista

AFP

O supremacista branco Dylann Roof se declarou culpado nesta segunda-feira (10), em um tribunal estadual pela morte de nove fiéis de uma igreja na Carolina do Sul, três meses depois de ter sido sentenciado à morte por esse crime em nível federal.

Roof foi sentenciado à morte em 11 de janeiro, em um tribunal federal, pelo assassinato, em 17 de junho de 2015, de nove pessoas na igreja da comunidade negra Mãe Emanuel, em Charleston.

Mas o jovem de 23 anos também enfrentava um julgamento em nível estadual.

Após um acordo com a Promotoria para cumprir a prisão perpétua no lugar da pena de morte, Roof se declarou culpado das nove acusações estaduais de homicídio, três acusações de tentativa de homicídio e uma acusação de posse de armas.

"Como se declara?", perguntou o juiz Julius Carnes Nicholson no tribunal em Charleston, após explicar que as nove acusações de assassinato significariam nove prisões perpétuas.

Roof respondeu: "culpado".

Com a sentença do juiz Nicholson, o estado assegura que o jovem cumpra prisão perpétua caso a condenação federal à pena capital não se realize, publicou o jornal local "The Post and Courier", citando a promotora Scarlett Wilson.

A procuradora Wilson acrescentou que espera "que hoje se encerre, definitivamente, esse capítulo para as vítimas".

Em 11 de janeiro, um juiz federal sentenciou Dylann Roof formalmente à pena de morte após um julgamento por 33 acusações, no qual a promotoria demonstrou a proximidade do jovem com o nazismo e com o grupo Ku Klux Klan.

"Lamento pelas pessoas brancas inocentes que morrem diariamente pelas mãos das raças inferiores", escreveu Roof em uma nota, onde disse que não se arrependia.

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