No portal, poderão ser denunciadas as ofensas que foram feitas, provando-as com fotos, áudios, vídeos e até screenshots de páginas e perfis de redes sociais que depois serão investigadas mais a fundo pela cidade para serem julgadas se assim for decidido pela polícia local. "Uma novidade interessante, uma comunidade que defende a própria comunidade", disse De Magistris.
No entanto, o anúncio do site já causou opiniões diversas, de quem aprova a iniciativa e de quem afirma que ela se trata de uma "caça às bruxas" com "métodos de Gestapo", como era chamada a polícia secreta do Estado alemão durante o nazismo. A apresentação do portal, que pode ser lida na própria página, afirma que "há tempo, mas sempre mais frequentemente, se vê uma narrativa distorcida e muitas vezes difamatória da cidade de Nápoles, tonando-a em objeto de preconceitos, estereótipos e generalizações que trazem danos".
"Fizeram de tudo para nos destruir", resumiu o prefeito em dialeto napolitano que também ressaltou que o projeto não faz com os napolitanos sejam vistos como vitimistas ou chatos. E se alguém for condenado a pagar pelos danos cometidos, o dinheiro recebido será destinado principalmente a "ações civis, pequenas ações para melhorar a qualidade dos serviços" da cidade. "Nápoles será a primeira cidade a ter um estatuto autônomo do terceiro milênio na Itália.