O satélite brasileiro de telecomunicações SGDC - de uso militar e civil - foi colocado em órbita nesta quinta-feira, a partir do Centro Espacial de Kourou (CSG), na Guiana francesa.
O lançamento foi realizado às 18H51 locais (18H51 de Brasília), pouco mais de uma hora após o previsto, e 28 minutos depois o SGDC (Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas) se separou do foguete Ariane 5.
O SGDC, lançado por encomenda da Telebras S.A., tem por objetivo garantir uma comunicação segura por satélite das Forças Armadas e do governo, e ao mesmo tempo fornecer serviços de comunicação de banda larga a territórios isolados do Brasil.
"Com isto vamos democratizar o fenômeno digital em nosso país, já que a banda larga chegará a todos os rincões do Brasil", disse à imprensa o presidente Michel Temer, que acompanhou o lançamento de um centro da Força Aérea em Brasília.
Segundo o governo, o satélite permitirá blindar as comunicações militares e ampliar a capacidade das Forças Armadas em operações nas fronteiras terrestres e em resgates em alto mar, além de melhorar o controle do espaço aéreo brasileiro.
"É o primeiro satélite operado completamente por brasileiros, e permitirá nossa soberania e independência", destacou o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
O projeto custou ao Brasil mais de 2,7 bilhões de reais.
O satélite estará operacional a partir de meados de junho, posicionado a quase 36.000 km da superfície terrestre, informou a Força Aérea Brasileira.
O mesmo foguete Ariane colocou em órbita o satélite KOREASAT-7, da operadora sul-coreana Ktsat, que tem como objetivo melhorar a banda larga e a cobertura na Coreia do Sul, Filipinas, Índia e Indonésia.
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