Da Europa às instituições, passando pela imigração, conheça os programas dos principais candidatos no segundo turno da eleição à presidência da França, em 7 de maio, em cinco pontos-chave.
- Europa: partir ou reformar ? -
A questão europeia agita as tradicionais divisões desde que o general de Gaulle e os comunistas combatiam uma integração europeia defendida por centristas e socialistas.
Nos referendos realizados em 1992 (Tratado de Maastricht) e em 2005 (Constituição europeia), "sim" e "não" recrutam partidário à esquerda e à direita.
O mesmo se repete desta vez. A líder da extrema-direita, Marine Le Pen, que culpa Bruxelas por impor uma austeridade fiscal, defende a saída da União Europeia, se as negociações não permitirem transformações profundas.
O centrista Emmanuel Macron, propõe um Parlamento da zona do euro e investimentos maciços europeus.
- Imigração e Islã -
Marine Le Pen defende uma política de imigração restritiva, com medidas que limitem o reagrupamento familiar, os benefícios sociais para os imigrantes e o concedimento da nacionalidade francesa.
À esquerda, Benoît Hamon e Jean-Luc Mélenchon não fazem da imigração ou do asilo um tema dominante, mas o primeiro propõe um visto humanitário para os refugiados e os dois concederiam direito de voto aos estrangeiros nas eleições locais.
Macron fala de um "discriminação positiva" na contratação da jovens da periferia.
- Quais instituições ? -
Sobre as instituições, o cursor entre os candidatos é muito movimentado. Macron não deseja mudar a Constituição. Le Pen quer referendos aue incluam a preferência nacional quanto à Constituição.
Os dois candidatos querem introduzir, em diferentes graus, a representação proporcional nas eleições.
Macron exigiria ainda dos políticos eleitos uma ficha judicial limpa.
- Economia e sociedade -
Tradicionalmente, as questões econômicas e sociais opõem direita e esquerda. A estratégia para as classes populares de Le Pen leva-a a se situar, sobre estes assuntos, menos à direita.
Assim, a idade de aposentadoria seria mantida em 62 (menos em alguns casos) por Macron, mas restabelecida em 60 por Le Pen.
Macron e Le Pen a manteriam a carga horária obrigatória de 35 horas semanais, com modulações, derrogações e horas adicionais.
O imposto sobre grandes fortunas (ISF) seria amenizado por Macron e mantido por Le Pen.
- Manter a energia nuclear ? -
Le Pen defende o uso da energia nuclear, mas Macron quer reduzir sua importância.