Familiares de sul-americanos mortos na catástrofe da companhia aérea Germanwings em 2015 apresentaram uma ação judicial em um tribunal de Dusseldorf pedindo 3,7 milhões de euros de indenização, indicou neste domingo um porta-voz da jurisdição à agência DPA.
Em 24 de março de 2015, durante um voo entre Barcelona e Dusseldorf, o copiloto Andreas Lubitz, de 27 anos, que tomava antidepressivos, aproveitou a ausência momentânea do comandante para lançar o avião contra os Alpes franceses, causando a morte de 149 pessoas, segundo os investigadores.
De acordo com o jornal alemão Bild, o processo foi apresentado por três cidadãos paraguaios. Não havia nenhum passageiro dessa nacionalidade no avião, mas um deles, um empresário argentino, morava no Paraguai.
As vítimas sul-americanas da catástrofe da Germanwings, filial de voos de baixo custo da Lufthansa, são três argentinos, dois colombianos, dois mexicanos e dois venezuelanos.
Em janeiro, a justiça alemã encerrou a investigação sobre o incidente e absolveu a companhia aérea e os médicos que examinaram Lubitz de qualquer tipo de negligência, uma decisão que deixou insatisfeitos os familiares de várias vítimas.
Dois advogados que representam 73 vítimas apresentaram em março de 2016 uma denúncia nos Estados Unidos contra a escola de pilotos que formou Lubitz.
Um desse advogados prepara também uma ação de responsabilidade civil contra a Lufthansa na Alemanha.
Após a catástrofe, a Germanwings se mostrou disposta a dar uma ajuda de emergência de 50.000 euros às famílias de todas as vítimas, e 35.000 euros adicionais aos parentes de alemães falecidos, sob uma regulamentação específica do país.
Algumas famílias afirmam, no entanto, que não receberam todo o dinheiro prometido.