Um atentado suicida, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), deixou 22 mortos, incluindo crianças, e 59 feridos na segunda-feira à noite na saída de um show da cantora pop Ariana Grande em Manchester (oeste da Inglaterra). Veja o que se sabe até o momento:
- Um atentado suicida
Segundo a polícia de Manchester, uma forte explosão ocorreu na Manchester Arena, em uma das entradas da casa de espetáculos que pode receber até 21.000 pessoas, no final do show da cantora americana Ariana Grande, por volta das 22h30 (18h30 no horário de Brasília) de segunda-feira.
O ataque foi executado por um homem que morreu detonando "um dispositivo explosivo improvisado", segundo Ian Hopkins, comissário da polícia de Manchester.
A polícia procura estabelecer "se ele agiu sozinho ou se recebeu apoio de uma rede".
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque.
De acordo com a primeira-ministra britânica Theresa May, "os serviços policiais e de inteligência acreditam conhecer a identidade, mas não podem confirmar o seu nome nesta fase" das investigações.
"Podemos confirmar a prisão de um homem de 23 anos no sul de Manchester" em conexão com o atentado suicida, informou a polícia no início desta tarde.
Muitas crianças e adolescentes assistiam ao show. A explosão causou pânico dentro da casa de espetáculos e nos arredores, onde os pais esperavam a saída de seus filhos.
- As vítimas
A polícia confirma 22 mortos, incluindo crianças, e 59 feridos.
Entre os feridos, um casal de Leeds que aguardava seus filhos na saída do show, Gary Walker e sua esposa, deu entrevista à rádio BBC 5.
Walker disse que foi ferido no pé por um pedaço de metal e sua esposa foi ferida no estômago. "Havia corpos por toda parte", declarou ao Guardian Elena Semino, que estava esperando por sua filha de 17 anos no guichê de venda de ingressos e que ficou ferido. Os ferida.
Os feridos foram levados para oito hospitais da região, segundo a polícia.
O ministro do Interior, Amber Rudd, denunciou um "ataque bárbaro visando deliberadamente os mais vulneráveis da nossa sociedade: jovens e crianças que saíram para assistir a um show pop".
- Ataques precedentes
A polícia britânica evocou rapidamente "um ato terrorista". Durante a noite, a primeira-ministra Theresa May condenou um "terrível ataque terrorista" e manifestou solidariedade às vítimas e suas famílias.
May e seu rival trabalhista Jeremy Corbyn decidiram "suspender até nova ordem" sua campanha para as eleições parlamentares de 8 de junho.
A rainha Elizabeth II condenou um "ato bárbaro".
O ataque foi o mais violento no Reino Unido em 12 anos. Em julho de 2005, uma série de ataques suicidas reivindicados por um grupo alegando pertencer à rede Al-Qaeda matou 56 pessoas, incluindo os quatro terroristas, e feriu 700 nos transportes públicos de Londres.
O atentado desta segunda-feira acontece dois meses depois do ataque em Londres, perto do Parlamento, que matou cinco pessoas e que foi igualmente reivindicado pelo EI.
- As reações
Na casa de shows, o pânico tomou conta de todos.
Ariana Grande escreveu no Twitter que está "devastada" no Twitter: "Do fundo do meu coração, eu sinto muito. Não tenho palavras".
Vários outros artistas expressaram apoio às vítimas e as mensagens de solidariedade inundavam as redes sociais.
Muitos líderes estrangeiros também condenaram o ataque.