O ex-ditador Manuel Antonio Noriega, que faleceu na segunda-feira aos 83 anos, cumpria no Panamá três penas de 20 anos de prisão cada pelo desaparecimento de opositores durante seu regime (1983-1989), depois de passar 21 anos detido nos Estados Unidos e França.
A seguir os fatos mais importantes em sua trajetória:
11 de fevereiro de 1934: Nasce na Cidade do Panamá em uma família pobre.
Formação na Academia Militar de Chorrillos (Peru).
1968: Participa do golpe de Estado que derruba o presidente Arnulfo Arias e leva ao poder o general Omar Torrijos.
1983: Conquista o comando do Exército e começa a governar de fato, dois anos depois do misterioso acidente de avião que matou Omar Torrijos.
20 de dezembro de 1989: Início da violenta invasão dos Estados Unidos ao Panamá para capturar Noriega, sob acusações de narcotráfico. Depois de passar vários dias escondido na Nunciatura, se entrega às tropas americanas.
1992: Nos Estados Unidos recebe uma condenação de 40 anos de prisão por narcotráfico, pena que cumpre parcialmente por bom comportamento.
Abril de 2010: Extraditado para a França, que fez o pedido pela acusação de que lavou três milhões de dólares procedentes do cartel de Medellín em bancos franceses.
Julho de 2010: A justiça francesa o condena a sete anos de prisão.
11 de dezembro de 2011: França extradita Noriega para o Panamá, onde cumpre três penas de 20 anos de prisão cada pelo desaparecimento e assassinato em 1985 do opositor Hugo Spadafora, do militar Moisés Giroldi, morto após uma rebelião contra seu governo em 1989, e pelo massacre de Albrook, no qual vários militares morreram após uma revolta no mesmo ano.
28 de janeiro de 2017: Noriega, que sofreu vários derrames cerebrais, complicações pulmonares, câncer de próstata e depressão, é liberado temporariamente para passar por uma cirurgia de um tumor cerebral benigno.
7 de março de 2017: Submetido a uma operação por um tumor cerebral, que tem complicações com uma hemorragia.
29 de maio de 2017: Manuel Antonio Noriega morre aos 89 anos.
.