A economia da Síria desabou e a produção petroleira reduziu a quase nada após seis anos de guerra, reconheceram recentemente em Damasco vários ministros.
A energia é o setor mais atingido, todos os âmbitos da atividade foram devastados pelo conflito, explicaram em uma conferência intitulada: "A guerra na Síria: consequências e perspectivas".
"A guerra afetou todos os recursos econômicos e, de maneira sistemática, o setor petroleiro. Éramos um país produtor e exportador de petróleo e hoje temos importar tudo o que precisamos", afirmou o ministro sírio do Petróleo e de Recursos de Mineração, Ali Ghanem.
O principal fornecedor de combustível é o Irã, depois a Argélia e a Rússia, segundo o semanário econômico The Syria Report.
"As perdas no setor petroleiro alcançaram 66 bilhões de dólares na atualidade. Desde 2010, a produção de petróleo reduziu 98% e a de gás, 52%", afirmou nesta conferência, organizada pela "Sociedade Sírio-Britânica", presidida por Fawaz al-Akhrasse, sogro do presidente Bashar al-Assad.
Os campos de petróleo e de gás caíram nas mãos dos rebeldes e, posteriormente, dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI).
Além disso, só cobrem 27% das necessidades de energia, em comparação com 97% de antes do conflito, "por causa da falta de combustível e de gás", indicou o ministro de Energia, Mohamed Zuheir.
Nos transportes, as perdas superam os 4,5 bilhões de dólares, de acordo com o ministro Ali Hamud.