O Vaticano fez um apelo a cristãos e muçulmanos para que defendam o meio ambiente e o planeta, a "casa comum" de todos, em uma mensagem dirigida nesta sexta-feira ao mundo islâmico por ocasião do Ramadã.
"Ninguém, nenhuma nação ou povo, pode impor exclusivamente sua compreensão do planeta", afirma o texto, publicado um dia depois de o presidente americano, Donald Trump, ter anunciado a saída de seu país do Acordo de Paris sobre o clima.
A mensagem, assinada pelo cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, assegura aos muçulmanos a "solidariedade" do mundo católico durante o mês do Ramadã. Além disso, convida os fiéis das duas religiões e toda a humanidade a iniciar um "novo diálogo para construir o futuro do planeta".
"A crise ecológica é um apelo a uma profunda conversão interior", acrescenta o texto, que cita o papa Francisco e sua encíclica sobre a proteção do meio ambiente "Laudato Si".
Desde 1967, o Vaticano envia a cada ano uma mensagem de amizade e solidariedade com o islã por ocasião do Ramadã, o mês de jejum dos muçulmanos.