A lenda do tênis australiano Margaret Court, convertida aos 74 anos em pastora de uma igreja evangélica, denunciou ser vítima de uma "conspiração gay", após as polêmicas que surgiram por seus recentes comentários homofóbicos.
Court também criticou a ex-tenista americana Martina Navratilova, que a chamou de "doente e perigosa" pelas declarações sobre homossexuais e filhos transgênero.
Em nota, Court criticou os pedidos para que a quadra que leva seu nome no Aberto da Austrália fosse rebatizada e para que fosse proibida de frequentar a próxima edição do Grand Slam de seu país.
A uma emissora australiana, Court declarou no início da semana que iria boicotar a companhia aérea Qantas por seu apoio ao casamento homossexual e que o tênis feminino está "cheio de lésbicas".
Sobre as crianças transgênero, a lendária ex-tenista afirmou que tinham uma alma corrupta: "É o diabo, mas é o que Hitler e o comunismo fizerem: penetraram na alma das crianças".
Após a enxurrada de críticas, Court não se retratou, preferindo lançar novos ataques nesta sexta-feira, ao garantir que vem sendo vítima de um "lobby gay" americano.
"Acho que ganhei mais Grand Slams do que qualquer outro homem ou mulher e, se isso acontecer (rebatizarem a quadra em Melbourne que leva seu nome), não acho que mereço", declarou Court, campeã de 24 Grand Slams (11 na era moderna do tênis).
"É provável que tenha 100.000 petições em 24 horas porque é assim que funciona. Há muito dinheiro por trás e vem dos Estados Unidos", denunciou.