May disse que o país enfrenta "uma nova forma de ameaça", na qual os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram em "uma ideologia do mal do extremismo islamita". "O terrorismo alimenta o terrorismo e os autores passam ao ato não com base em complôs cuidadosamente preparados, e sim porque são agressores que copiam uns aos outros utilizando os meios mais ordinários", disse May em Downing Street após uma reunião extraordinária do comitê de segurança.
Vencer a ideologia islamita "é um dos grandes desafios do nosso tempo", completou, antes de ressaltar que a resposta não deve ser apenas realizar operações antiterroristas continuamente, e sim levá-la ao terreno das ideias e a internet "para evitar a propagação".
Quase todos os partidos suspenderam a campanha neste domingo, mas esta continuará "amanhã (segunda-feira) e as eleições gerais acontecerão como estava previsto na quinta-feira, 8 de junho", disse May. "O Partido Conservador não fará campanha nacional hoje. Vamos avaliar a situação durante o dia", afirmou um porta-voz da formação.
O líder do opositor Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmou em um comunicado que seu partido suspenderá todos os atos eleitorais a nível nacional "como demonstração de respeito aos falecidos e aos feridos".
Também decidiram suspender a campanha o Partido Nacional Escocês (SNP) e o Partido Liberal-Democrata. O líder do partido antieuropeu UKIP, Paul Nuttall, foi o único que não suspendeu a campanha, porque, segundo ele, "é exatamente o que os extremistas querem que façamos".
Sete pessoas morreram e os três terroristas foram mortos pela polícia depois que atropelaram os pedestres que passavam pela famosa London Bridge, antes de esfaquear as pessoas que estavam nos bares do Borough Market, uma área de lazer de muito movimento.