O poeta e ensaísta polonês Adam Zagajewski venceu nesta quinta-feira o prêmio espanhol Princesa das Astúrias de Literatura por ser autor de uma das "experiências poéticas mais emocionantes da Europa herdeira de Rilke, Milosz e Antonio Machado".
Um dos mais populares poetas poloneses contemporâneos, Zagajewski, de 71 anos, produziu uma obra que "confirma o sentido ético da literatura e faz com que a tradição ocidental se sinta una e diversa", indicou o júri em sua decisão.
Comprometido politicamente, no fim da década de 1960 foi membro proeminente do movimento literário chamado Nova Onda, sob o regime comunista, que chegou a colocá-lo em uma lista negra.
Autor de poemas como "Komunikat", "List.
Candidato ao Prêmio Nobel há uma década, Zagajewski foi escolhido pelo júri entre 38 candidatos procedentes de 23 países.
No ano passado, o Princesa das Astúrias de Literatura foi concedido ao americano Richard Ford.
Este é o quinto prêmio dos oito que a cada ano, desde 1981, a fundação dá e que são considerados o Nobel do mundo ibero-americano.
Junto com 50.000 euros e uma escultura criada por Joan Miró, os prêmios são dados às pessoas ou às instituições relevantes em âmbitos que vão da pesquisa científica aos esportes, passando pela literatura e pela concórdia.
Os prêmios serão entregues em outubro em uma cerimônia em Oviedo, sede da Fundação Princesa das Astúrias, que leva em seu nome do título da herdeira ao trono, a princesa Leonor.
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