O grupo americano Uber anunciou nesta quarta-feira a renúncia em definitivo de seu presidente executivo e fundador, Travis Kalanick, que estava afastado temporariamente da empresa após intensas polêmicas.
Um porta-voz do Uber confirmou à AFP a saída de Kalanick, anunciada um pouco antes pelo jornal New York Times, segundo o qual o executivo cedeu à pressão de cinco grandes investidores do grupo.
"Eu amo Uber mais do que qualquer outra coisa no mundo e, neste momento difícil da minha vida pessoal, aceitei o pedido dos investidores de me afastar para que o Uber possa retomar seu desenvolvimento ao invés de ser prejudicado por outra luta", declarou Kalanick em um comunicado.
Kalanick, que fundou em 2009 o serviço de transporte urbano privado com motorista, que teve um grande sucesso, havia anunciado na semana passada que se afastava de seu cargo de forma temporária por motivos pessoais, em um momento no qual o grupo atravessa dificuldades financeiras.
"Travis sempre colocou o Uber em primeiro lugar", reagiu o conselho de administração do grupo em um comunicado.
"É uma decisão corajosa e um sinal de sua devoção e amor pelo Uber", completa a nota.
O comunicado informa que Kalanick permanecerá como integrante do conselho de administração.
Nos últimos meses, o grupo americano registrou várias demissões, principalmente por acusações de assédio ou discriminação, mas também entre suspeitas de roubo de tecnologia.
Kalanick foi acusado, assim como seu braço direito Emil Michael, que pediu demissão na segunda-feira, de ter estimulado pessoalmente estas práticas na empresa.
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