A Coreia do Norte ameaçou, nesta quarta-feira (28), "impor a pena de morte" à ex-presidente sul-coreana Park Geun-Hye, em retaliação a um complô que teria sido orquestrado por ela para assassinar o líder Kim Jong-Un.
Park "promoveu" um suposto plano dos Serviços de Inteligência de Seul para eliminar o presidente norte-coreano, alegaram procuradores e o ministro de Segurança, em nota divulgada pela agência oficial de notícias KCNA.
"Declaramos, em casa e no exterior, que vamos impor pena de morte à traidora Park Geun Hye", ameaçaram, segundo a agência.
Pyongyang também ameaçou matar o ex-diretor do serviço de inteligência sul-coreano, Lee Byung-Ho.
"A partir deste momento, eles terão de enfrentar uma morte miserável como cães a qualquer hora, em qualquer lugar e de qualquer forma", adverte o comunicado.
Pyongyang exige que a Coreia do Sul entregue Park e Lee, acusando-os de "infame terrorismo de Estado contra a presidência" da Coreia do Norte.
Em maio, o ministério da Segurança norte-coreano anunciou ter descoberto um complô fomentado, segundo ele, pelos serviços secretos americano e sul-coreano para assassinar Kim Kong-Un utilizando uma arma bioquímica.
Park foi deposta em dezembro de 2017 pela Assembleia Nacional do seu país e teve sua imunidade retirada em março. Ela foi presa e está sendo julgada por 18 acusações, incluindo suborno, coerção e abuso de poder. Ela enfrenta uma pena de prisão perpétua.
Em fevereiro de 2017, o meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong Nam, foi assassinado no aeroporto de Kuala Lumpur por duas mulheres que jogaram em seu rosto um agente neurotóxico, VX, uma versão altamente mortal do gás sarin.
Seul imediatamente acusou Pyongyang de orquestrar o assassinato.
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