O primeiro ministro do Iraque, Haider al-Abadi, declarou vitória das forças armadas do país na cidade de Mosul sobre o grupo Estado Islâmico, após mais de oito meses de ação militar para derrotar os militantes do grupo. De acordo com a TV estatal do país, al-Abadi "parabenizou os soldados heroicos e o povo iraquiano por terem alcançado esta grande vitória" na cidade estratégica. Mosul é a segunda maior cidade do Iraque, atrás apenas de Bagdá.
Ainda segundo a TV iraquiana, o primeiro ministro chegou há pouco em Mosul para declarar oficialmente vitória sobre o grupo terrorista. Vestido com uniforme semelhante ao usado pelas forças especiais do Iraque, al-Abadi foi mostrado descendo de um avião militar e sendo recebido por comandantes das forças de segurança.
De acordo com a CNN, porém, a TV estatal também informou que militantes do Estado Islâmico ainda controlariam um bairro de Mosul.
O Iraque deu início à operação para retomar a cidade em outubro, com o apoio de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos. Mosul tinha sido tomada pelo Estado Islâmico em 2014.
Mais cedo, o general Jassim Nizal, da 9ª divisão do exército iraquiano, declarou que seu batalhão havia alcançado a vitória na área designada a eles. Antes disso, a polícia federal do Iraque também tinha feito anúncio semelhante. Os soldados sob o comando de Nizal dançaram e cantaram músicas patrióticas sobre os tanques de guerra, em meio à fumaça provocada por ataques aéreos em áreas próximas ao local.
Mais de 897 mil pessoas tiveram de deixar a cidade de Mosul devido aos confrontos entre forças do governo e do Estado Islâmico.
A perda da cidade pelo Estado Islâmico pode significar uma grande derrota para o grupo terrorista, que perdeu uma série de batalhas no último ano.
Na Síria, forças do país apoiadas pelos Estados Unidos também lutam na cidade de Raqqa, considerada a capital das ações do grupo Estado Islâmico. Mas uma vitória no local ainda pode levar meses. Extremistas do grupo terrorista ainda detêm diversas pequenas cidades e vilas no Iraque e na Síria.As principais etapas da batalha de Mosul
Ainda segundo a TV iraquiana, o primeiro ministro chegou há pouco em Mosul para declarar oficialmente vitória sobre o grupo terrorista. Vestido com uniforme semelhante ao usado pelas forças especiais do Iraque, al-Abadi foi mostrado descendo de um avião militar e sendo recebido por comandantes das forças de segurança.
De acordo com a CNN, porém, a TV estatal também informou que militantes do Estado Islâmico ainda controlariam um bairro de Mosul.
O Iraque deu início à operação para retomar a cidade em outubro, com o apoio de uma coalizão liderada pelos Estados Unidos. Mosul tinha sido tomada pelo Estado Islâmico em 2014.
Mais cedo, o general Jassim Nizal, da 9ª divisão do exército iraquiano, declarou que seu batalhão havia alcançado a vitória na área designada a eles. Antes disso, a polícia federal do Iraque também tinha feito anúncio semelhante. Os soldados sob o comando de Nizal dançaram e cantaram músicas patrióticas sobre os tanques de guerra, em meio à fumaça provocada por ataques aéreos em áreas próximas ao local.
Mais de 897 mil pessoas tiveram de deixar a cidade de Mosul devido aos confrontos entre forças do governo e do Estado Islâmico.
A perda da cidade pelo Estado Islâmico pode significar uma grande derrota para o grupo terrorista, que perdeu uma série de batalhas no último ano.
Na Síria, forças do país apoiadas pelos Estados Unidos também lutam na cidade de Raqqa, considerada a capital das ações do grupo Estado Islâmico. Mas uma vitória no local ainda pode levar meses. Extremistas do grupo terrorista ainda detêm diversas pequenas cidades e vilas no Iraque e na Síria.
As principais etapas da batalha de Mosul
Veja as principais etapas da ofensiva que permitiu a retomada pelas forças iraquianas da cidade de Mosul, último reduto urbano do grupo extremista Estado Islâmico no Iraque:
Início da ofensiva
- Em 17 de outubro de 2016, as forças iraquianas lançam uma grande operação para reconquistar a segunda maior cidade do Iraque, conquistada pelo EI em junho de 2014.
- Dezenas de milhares de membros das forças de segurança são mobilizados, com o apoio aéreo crucial da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.
- Em duas semanas, dezenas de localidades vizinhas são recuperadas, incluindo a cidade cristã de Qaraqosh, a cerca de 15 km de Mosul.
Entrada na cidade
- No início de novembro, o exército anuncia a entrada em Mosul pelo leste.
- O líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, quebra um ano de silêncio para pedir, em uma rara gravação de áudio, que suas tropas lutem até o martírio.
- Em 8 de novembro, os peshmergas, combatentes curdos iraquianos, anunciam a retomada de Bachiqa, uma dezena de quilômetros a nordeste. No dia 13, as forças iraquianas retomam a cidade histórica de Nimrod, a cerca de 30 km.
- As forças paramilitares Hachd al-Chaabi (Mobilização Popular), dominadas por milícias xiitas, anunciam no final de novembro que cortaram a rota de abastecimento do EI entre Mosul e a fronteira síria.
- As forças iraquianas, que enfrentam forte resistência por parte dos jihadistas, fazem um intervalo de duas semanas em dezembro.
Zone leste de Mosul 'liberada'
- Em 8 de janeiro de 2017, as forças de elite alcançam pela primeira vez o rio Tigre pelo leste. No dia 16, o serviço de combate ao terrorismo (CTS), que lidera a ofensiva, anuncia a retomada do túmulo de Jonas, importante santuário destruído pelos jihadistas em 2014.
- Em 24 de janeiro, as forças iraquianas anunciam "a completa liberação" da zona leste de Mosul.
Ofensiva no oeste
- Em 19 de fevereiro, o primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anuncia o lançamento de operações militares para retomar a parte oeste de Mosul.
- Logo depois, as forças iraquianas entram nesta área após recuperar o aeroporto desativado perto da base de Ghazlani.
- Em 12 de março, o enviado especial americano para a coalizão antijihadista diz que as forças iraquianas cortaram todos os acessos rodoviários à zona oeste de Mosul, cercando o EI.
- Em 14 de março, as forças iraquianas anunciam a retomada da estação ferroviária, após a reconquista de vários edifícios importantes, como a sede do governo da província de Nínive e o museu vandalizado pelos islamitas.
Cidade Antiga
- Em 4 de maio, as forças iraquianas abream uma nova frente no noroeste. A operação visa completar o cerco a Cidade Antiga, onde dezenas de milhares de civis estão encurralados pelos extremistas de acordo com organizações humanitárias.
- Em 9 de maio, Bagdá anuncia a "libertação" da "zona industrial norte" de Mosul. No dia 16, o exército afirma ter recuperado quase 90% do oeste de Mosul.
- A ONU estima em centenas de milhares o número de iraquianos que fugiram de Mosul nos últimos sete meses.
- Em 18 de junho, as forças iraquianas apoiadas pelas aeronaves da coalizão internacional lançam o ataque para retomar a Cidade Antiga, onde os últimos extremistas se entrincheiraram.
- No dia 21, o EI destrói a icônica mesquita Al-Nuri e seu minarete inclinado do século XII. Foi neste local que Abu Bakr al-Baghdadi havia realizado, em julho de 2014, a sua única aparição pública como líder do EI.
- Em 25 de junho, as forças iraquianas anunciam que "libertaram" dois terços da parte histórica da cidade.
Últimos combates
- Em 25 de junho, os jihadistas lançam contra-ataques contra os bairros "libertados" de Tanak e Yarmuk, na zona oeste de Mosul.
- Em 29 de junho, as forças iraquianas retomam parte da área da mesquita destruída de Al-Nuri.
- No início de julho, os jihadistas multiplicam os ataques suicídas, especialmente com mulheres e adolescentes, para parar as forças iraquianas.
- Em 4 de julho, o primeiro-ministro Haider al-Abadi felicita em um comunicado televisionado as forças de segurança iraquianas por uma "grande vitória" em Mosul, enquanto os comandantes no terreno afirmam que o fim da batalha está próximo.
- Em 9 de julho, Abadi anuncia a "vitória" contra o EI em Mosul.