A Colômbia detectou outro surto de febre aftosa quase 20 dias depois de reportarem um primeiro foco desta doença que atinge o gado, e da qual o país foi declarado livre em 2009, informaram as autoridades nesta segunda-feira.
O novo foco deste vírus altamente contagioso foi localizado no município de Yacopí, em Cudinamarca, onde registraram 134 animais doentes, indicou o Instituto Colombiano Agropecuário (ICA) em um comunicado.
Em 23 de junho, o organismo reportou animais com febre aftosa em Tame, no departamento de Arauca (fronteira com a Venezuela), mas nesta segunda o ICA "declarou oficialmente o fim" deste surto.
"Conseguimos resolver o foco de [febre] aftosa em Tame e estamos satisfeitos com o trabalho feito, o qual nos permitiu conter a doença sem encontrar mais focos por enquanto, depois da revisão de mais de 9.000 animais", disse o gerente-geral da ICA, Luis Martínez.
No entanto, o ICA declarou "quarentena sanitária" por um mês em Yacopí.
Além disso, como forma de prevenção, declarou quarentena em mais quatro municípios de Cundinamarca e outras localidades no departamento de Caldas, Boyacá, Antioquia e Santander "a fim de fazer a vigilância ativa e erradicar a enfermidade".
"Não sabemos se um surto tem relação com o outro surto [...]. Estamos convencidos de que a origem da cepa do vírus é o país vizinho, a Venezuela", disse à imprensa o ministro da Agricultura, Aurelio Iragorri.
Citado no comunicado, o ministro fez um chamado "aos pecuaristas e à indústria da carne" para trabalhar em conjunto "com o objetivo de levar à frente todas as medidas sanitárias que conduzam à erradicação da [febre] aftosa em Yacopí".
Segundo as autoridades, a febre aftosa, cujo primeiro caso na Colômbia se remonta a 1950 proveniente da Venezuela, não afeta a saúde dos humanos e, por isso, o consumo de carne ou leite não representa nenhum risco.
Este vírus atinge somente bovinos, suínos, ovinos, caprinos e outras espécies, explicou o ICA.