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Estado de Minas

EUA apertaram parafusos sobre perigosos adversários, diz Paul Ryan


postado em 25/07/2017 21:55

Washington, 25 - Washington, 25/7/2017 - O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, comemorou a esmagadora aprovação nesta terça-feira da ampliação das sanções contra a Rússia, o Irã e a Coreia do Norte pelos congressistas.

"O projeto que nós acabamos de aprovar com esmagador apoio bipartidário é um dos mais amplos pacotes de sanções da história. Ele aperta os parafusos sobre os nossos mais perigosos adversários com o objetivo de manter a América segura", disse Ryan, em nota.

O texto foi aprovado por 419 votos a 3. Apesar do forte apoio parlamentar, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, era contrário ao projeto e somente chegou a um acordo com os congressistas no final de semana. Havia a ameaça, inclusive, de o republicano vetar a proposta.

A recusa de Trump em ampliar as sanções contra a Rússia ocorrem ao mesmo tempo em que se ampliam as investigações sobre as ligações de membros da campanha dele com Moscou.

A ampliação das sanções contra os russos de maneira unilateral enfrenta resistência de países europeus, que temem seu impacto sobre suas empresas e projetos de energia. Entre eles, está um gasoduto entre a Rússia e a Alemanha, que conta com financiamento de companhias europeias.

Moscou também é alvo de sanções impostas em 2014 depois da invasão da Ucrânia e anexação da Crimeia. Durante a campanha eleitoral, Trump sugeriu que poderia retirar as penalidades caso fosse eleito. Com o voto desta terça-feira, essa possibilidade está condicionada à aprovação do Congresso.

Se quiser aliviar sanções contra a Rússia, Trump terá de enviar um relatório ao Congresso justificando sua posição. Os parlamentares terão 30 dias para analisar os argumentos e proferir uma posição.

O texto voltará ao Senado, onde sua aprovação é certa, e seguirá para a mesa de Trump, possivelmente até o fim desta semana. "Vamos esperar o projeto ir para a mesa do presidente", disse a Casa Branca, em nota, afirmando apoiar a legislação. (Cláudia Trevisan, correspondente do jornal O Estado de S.Paulo)

(Claudia Trevisan, correspondente)


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