"No momento nada indica que se trata de um ato de terrorismo islamita. Tudo indica que estamos diante de uma briga pessoa, que degenerou", declarou o procurador de Konstanz, cidade do sul da Alemanha, Johannes-Georg Roth.
O agressor, de 34 anos, e que morava na região alemã próxima à fronteira com a Suíça desde 1991 com o estatuto de refugiado político, era genro do dono da discoteca. O homem, que já havia sido condenado por violência e tráfico de drogas, teve uma briga com um funcionário da boate e deixou o local ou foi expulso pelos seguranças. Ele retornou com um fuzil M16 e abriu fogo contra o segurança, "um tiro no rosto", que matou a vítima, segundo o procurador. Em seguida atirou contra a entrada do local. Os outros seguranças conseguiram fechar a porta que levava à pista da boate, que tinha centenas de clientes.
Três pessoas ficaram feridas pelas rajadas de M16. O atirador apontou então para a polícia, enviada para a boate, em uma zona industrial de Konstanz. Um integrante das forças de segurança foi atingido por um tiro e ficou ferido, mas sobreviveu graças ao colete a prova de balas.
A polícia conseguiu matar o criminoso. As autoridades afirmaram que o balanço teria sido muito mais grave se as portas da discoteca estivessem abertas e se a força de segurança não fosse alertada rapidamente.
O agressor utilizou 45 balas e tinha mais munição. "A discoteca estava lotada", disse uma testemunha à agência DPA.
Entre os clientes estavam muitos suíços. Konstanz fica na fronteira com a Suíça. O ataque aconteceu às 4H30 locais (23H30 de Brasília, sábado).
As forças de segurança, incluindo unidades especiais de intervenção, foram enviadas ao local e um helicóptero sobrevoou a região, ante o temor, a princípio, de vários criminosos. O incidente aconteceu em um momento de forte tensão na Alemanha sobre questões de segurança. Na sexta-feira, um homem armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outras seis em um supermercado de Hamburgo, norte do país.
O agressor, um demandante de asilo palestino de 26 anos, foi detido pouco depois do ataque. As motivações ainda não foram determinadas. As autoridades o consideram um "islamita" em vias de radicalização e psicologicamente instável.