A coalizão árabe, aliada do governo iemenita, pediu nesta quinta-feira ajuda à ONU para voltar a abrir o aeroporto de Saná, em aparente resposta a uma solicitação de grupos humanitários para permitir a entrega de ajuda.
Saná, capital do Iêmen, é controlada pelos rebeldes huthis xiitas, aliados do Irã, que lutam pelo controle do país contra o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado pela Arábia Saudita.
Grupos de ajuda humanitária, assim como os huthis, pediram na quarta-feira à coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita que permita a entrega de produtos de abastecimento ao Iêmen, que enfrenta uma epidemia de cólera e uma iminente ameaça de fome.
A coalizão havia forçado o fechamento do aeroporto de Saná em agosto de 2016, salvo para poucos voos de ajuda da ONU, alegando que o aeroporto era uma via do tráfico de armas para os rebeldes.
O porta-voz da coalizão, coronel Turki al Maliki, pediu nesta quinta-feira às Nações Unidas que "contribua para a retomada do transporte comercial e de passageiros no aeroporto de Saná".
"O fechamento do aeroporto de Saná e a restrição de voos a só aqueles que transportam ajuda se deu pelas preocupações sobre a segurança dos voos de viagens civis e comerciais, assim como ao tráfico de armas pelos huthis", disse Al Maliki em um comunicado divulgado pela agência oficial SPA.
Funcionários da ONU no Iêmen contactados pela AFP não estavam disponíveis para comentar a informação.
Mais de 8.300 pessoas morreram e 44.000 ficaram feridas desde a intervenção da coalizão liderada pela Arábia Saudita no Iêmen, em apoio ao governo de Hadi.