O governador do estado norte-americano da Virgínia, Terry McAuliffe, decretou estado de emergência por causa dos confrontos entre ultranacionalistas de maioria branca e grupos antifacistas na cidade de Charlosttesville. Com protestos realizados nessa sexta-feira (11) e novos protestos neste sábado (12) de manhã, o chamado União da Direita entrou em confrontos com grupos antifacistas.
Tropas policiais de choque foram usadas para tentar conter os ataques entre os grupos opostos. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também condenou a violência dos manifestantes. No Twitter, ele escreveu: "Todos nós devemos estar
unidos e condenar tudo o que representa o ódio. Não há lugar para esse tipo de violência na América. Vamos juntos como um!".
O enfrentamento começou durante protestos nesta sexta, liderados pelo grupo União de Direita. Centenas de homens e mulheres participam das manifestações contra uma decisão da prefeitura de remover uma estátua do general confederado Robert E. Lee, um dos símbolos do movimento separatista dos Confederados.
Durante a Guerra Civil americana, entre 1861 e 1865, a Região Sul dos Estados Unidos, que reunia estados sulistas contrários a abolição da escravatura, tentaram a independência. Mesmo derrotado na Guerra da Secessão, alguns estados do Sul como a Virgínia, Norte Carolina e Sul Carolina, bem como Alabama e Georgia têm até hoje defensores dos confederados que aglutinam extremistas direita.
Os manifestantes que marcharam pela supremacia branca e contra a remoção da estátua, gritaram saudações nazistas e palavras de ordem contra negros, imigrantes, homossexuais e judeus. Nos protestos que ocorreram à noite foram usadas tochas e alguns manifestantes cobriram o rosto. As tochas são um dos símbolos do KKK, Ku Klux Klan, um grupo formado depois da guerra civil americana por soldados das tropas confederadas. O KKK foi um dos grupos que se levantaram contra o movimento pelos direitos civis liderados pelos negros americanos, no Sul dos Estados Unidos.