A comunidade internacional, começando pelo presidente Donald Trump, que denunciou ações "muito hostis e perigosas para os Estados Unidos", condenou neste domingo o novo teste nuclear da Coreia do Norte.
"As palavras e as ações [da Coreia do Norte] continuam a ser muito hostis e perigosas para os Estados Unidos", escreveu Trump no Twitter.
Em janeiro, o presidente americano advertiu que não permitiria que o regime comunista de Pyongyang usasse mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) e, no mês passado, prometeu responder com "fogo e fúria".
Neste domingo, Trump assegurou ainda que "a Coreia do Sul está descobrindo, como eu disse, que sua tentativa de apaziguar a Coreia do Norte não funcionará, eles só entendem uma coisa!".
A China, o principal apoio econômico da Coreia do Norte, também "condenou fortemente" o teste, e convidou Pyongyang a "cessar suas ações que agravam a situação e não atendem aos seus próprios interesses".
Assim como a China, países como a Rússia, Japão, Alemanha e França não tardaram em condenar a nova violação das numerosas resoluções da ONU, que exige o fim dos programas nuclear e balístico norte-coreanos.
Antes que os detalhes do teste fossem revelados, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, afirmou que um novo teste nuclear era "absolutamente inaceitável".
O presidente sul-coreano, Moon Jae-In, pediu "o castigo mais forte" contra Pyongyang, com novas sanções da ONU, visando "isolar completamente a Coreia do Norte".
O presidente francês, Emmanuel Macron, também pediu à comunidade internacional que "reaja com a maior firmeza" e afirmou que o teste nuclear "viola a paz e a segurança".
Macron e a chanceler alemã, Angela Merkel, são favoráveis ao "fortalecimento" das sanções da União Europeia (UE) contra Pyongyang que, segundo o governo alemão, entrou em uma "nova dimensão" nas suas provocações.
- "Manter a calma" -
Embora a Rússia tenha condenado o teste nuclear pelo "desprezo" da Coreia do Norte pelas resoluções da ONU, também pediu calma.
"É muito importante manter a calma e abster-se de qualquer ação, o que levaria a uma nova escalada", afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
No início de agosto, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou um novo pacote de sanções internacionais para privar a Coreia do Norte de seus ingressos com exportações de chumbo, ferro, outros minerais e produtos de sua atividade pesqueira.
A China, país destinatário de 90% das exportações norte-coreanas, aprovou essas sanções, mas pediu a manutenção dos canais diplomáticos.
Neste domingo, a China reiterou que continuará a trabalhar com a comunidade internacional "para promover incansavelmente o objetivo de desnuclearizar a península coreana e preservar a estabilidade regional".
Na Europa, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, denunciou "uma provocação séria" e "inaceitável".
Já o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, expressou sua preocupação com "o caráter desestabilizador da atitude de Pyongyang, que ameaça a segurança regional e internacional".