Quase 370.000 rohingyas buscaram refúgio em Bangladesh para fugir da violência que explodiu no oeste de Mianmar no fim de agosto, anunciou a ONU.
"Estima-se que 370.000 rohingyas entraram em Bangladesh depois que fugiram da violência no estado de Rakhine, Mianmar, desde 25 de agosto", declarou à AFP Joseph Tripura, porta-voz da agência da ONU para os refugiados
No dia 25 de agosto os ataques de rebeldes rohingyas contra delegacias birmanesas provocaram uma intensa repressão do exército. Ao menos 500 pessoas morreram, em sua maioria integrantes desta minoria muçulmana, segundo o exército.
A ONU menciona o dobro de mortos e muitos vilarejos incendiados.
Os rohingyas são tratados como estrangeiros em Mianmar, país onde mais de 90% da população é budista, e são considerados apátridas, apesar da presença de algumas famílias há várias gerações no país.
Na segunda-feira, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, afirmou que o tratamento que Mianmar reserva à minoria muçulmana rohingya se assemelha a um "exemplo de limpeza étnica de manual".
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