Após ter assistido, em Paris, ao desfile militar de 14 de julho, dia da Queda da Bastilha na França, "um dos mais formidáveis" que já viu, Donald Trump quer organizar uma parada em 4 de julho, em Washington, ainda melhor.
Foi o que disse o presidente americano nesta segunda-feira, ao receber calorosamente o colega francês, Emmanuel Macron.
Os dois líderes se encontraram nesta segunda-feira em um hotel de Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU, para discutir várias crises mundiais, entre elas o futuro do acordo nuclear iraniano e o Acordo de Paris sobre o clima.
"As pessoas não sabem que há grandes guerreiros na França", disse o presidente americano, que frequentou a escola militar, é um amante dos desfiles com uniforme e tem vários militares reformados em seu governo.
"Havia muitos aviões e muita potência militar. A partir do que vi, pensamos realmente em organizar um grande desfile em Washington, na avenida Pensilvânia, em 4 de julho", dia da festa nacional americana, e "tentar que seja melhor" que o de 14 de julho na França, afirmou, sorrindo.
Trump cobriu de elogios seu colega francês, que como ele estreia na Assembleia da ONU, e com quem mantém boas relações desde que foi eleito, em maio passado.
"Faz um supertrabalho na França. Faz o que precisa ser feito", disse Trump. "É uma grande honra" estar com Macron, que "teve uma das maiores vitórias eleitorais de todos os tempos", afirmou.
Macron "é respeitado pelos franceses e pelos americanos", comemorou. "Aprendemos a nos conhecer realmente (...) Não esqueceremos tão cedo nosso jantar na Torre Eiffel", derreteu-se o presidente americano.
Aproveitando a boa relação com o americano, a quem convidou a Paris em 13 e 14 de julho passado, Macron busca pedir, em nome de boa parte da comunidade internacional, que ele continue apoiando o acordo nuclear concluído em 2015 entre o Irã e seus grandes potências.
Também tenta fazê-lo voltar atrás na decisão de abandonar o Acordo de Paris sobre o clima.
"Temos muitas opiniões em comum", disse Macron.
"A força desta relação é que dizemos tudo um ao outro. Não quer dizer que concordemos com tudo. Mas estamos de acordo em muitas coisas", acrescentou, destacando que espera avançar em temas de luta contra o terrorismo e segurança.
"Todos os franceses ficaram orgulhosos de tê-lo em Paris com sua esposa em 14 de julho", disse Macron a Trump.