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Estado de Minas

Furacão Maria leva telhado da casa até de primeiro ministro de ilha no Caribe

Os moradores de Dominica perderam "tudo o que o dinheiro pode comprar e substituir", disse Roosevelt Skerrit, ele mesmo atingido pela ventania forte


postado em 19/09/2017 07:01 / atualizado em 19/09/2017 08:14

Moradores de Porto Rico protegem janelas contra o furacão com tapumes de madeira (foto: Ricardo ARDUENGO / AFP)
Moradores de Porto Rico protegem janelas contra o furacão com tapumes de madeira (foto: Ricardo ARDUENGO / AFP)

O furacão Maria, "potencialmente catastrófico", segue para Guadalupe como categoria 4 depois de devastar a ilha de Dominica e pode atingir as Ilhas Virgens e Porto Rico entre terça-feira à noite e quarta-feira.


Os moradores de Dominica perderam "tudo o que o dinheiro pode comprar e substituir", afirmou nesta terça-feira Roosevelt Skerrit, primeiro-ministro da ilha do Caribe.


"O vento levou o telhado das casas de quase todas as pessoas com as quais eu conversei ou fiz contato de outra maneira. O telhado da minha própria residência oficial foi um dos primeiros afetados", escreveu o chefe de Governo no Facebook.


O dano é "devastador (...), de fato incompreensível", completou Skerrit, que pediu "ajuda de todo tipo".


A região, devastada há 10 dias pelo furacão Irma, se encontra em estado de alerta pela passagem de Maria, que em menos de 24 horas ganhou força e passou de tempestade tropical a furacão de categoria 5, a máxima, na escala Saffir-Simpson, antes de caira para categoria 4.


O Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos anunciou na segunda-feira que Maria era um furacão "potencialmente catastrófico".


O fenômeno, com ventos de quase 260 km por hora, tocou a terra em Dominica às 22H15 (horário de Brasília) de segunda-feira.


Os quase 73.000 habitantes da ilha relataram na segunda-feira à tarde nas redes sociais os primeiros sinais do furacão, com árvores e postes de energia elétrica no chão, fortes chuvas, ventos violentos e inundações.


Antes de Dominica, o olho do furacão passou a 50 km da costa norte de Martinica e deixou 33.000 casas sem energia elétrica, mas não provocou danos significativos, de acordo com as autoridades.


Guadalupe em alerta


"Na trajetória prevista, o olho de Maria se movimentará para o nordeste do Mar do Caribe hoje, com uma aproximação das Ilhas Virgens e de Porto Rico esta noite e na quarta-feira", indicou o NHC.


As medições do NHC registram ventos de 250 km/h e ameaças às Antilhas francesas, Guadalupe, assim como a São Cristóvão e Nevis e Montserrat (Reino Unido).


Guadalupe, Santa Lúcia e as Ilhas Virgens britânicas e americanas estão em alerta e as autoridades da República Dominicada ordenaram a saída preventiva dos moradores de áreas vulneráveis.


O novo furacão deve passar ao sul das costas de Saint Martin e Saint Barth, ambas devastadas pelo furacão Irma, segundo o ministério da Defesa da Holanda.


O furacão Irma deixou quase 40 mortos no Caribe antes de atingir o estado americano da Flórida, onde morreram pelo menos 50 pessoas.


Reforços


Os governos da França, Reino Unido e Holanda, criticados por não terem enviados mais recursos antes e depois da passagem do Irma anunciaram reforços.

Fila se forma em loja que vende geradores de energia para enfrentar a falta de luz durante a passagem do furacão por Porto Rico(foto: Ricardo ARDUENGO / AFP)
Fila se forma em loja que vende geradores de energia para enfrentar a falta de luz durante a passagem do furacão por Porto Rico (foto: Ricardo ARDUENGO / AFP)


A França anunciou no domingo o envio de 110 militares a Guadalupe e recordou que "quase 3.000" reforços já estão na ilha.


Mas o ministro do Interior francês, Gerard Collomb, admitiu "dificuldades importantes" caso o furacão atinja com força Guadalupe, já que a ilha é "o centro logístico" que permite alimentar Saint Martin e organizar as viagens aéreas e o abastecimento.


Londres também anunciou reforços para as Ilhas Virgens com "40 funcionários de apoio adicionais, 37 membros do serviço humanitário e mais de 1.300 militares preparados para atuar em tarefas prioritárias após a passagem de Maria".


Após a passagem do furacão Irma, o caos tomou conta de várias ilhas, que registraram saques ante a resposta tardia das autoridades.


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