Os lucros da Mina Escondida, a maior mina de cobre do mundo, operada pela anglo-australiana BHP Billinton, caíram 91% no primeiro semestre do ano, por causa da extensa greve de funcionários no começo de 2017, informou nesta quinta-feira (28) a empresa.
Entre janeiro e junho, o lucro líquido do período foi de 50 milhões de dólares, o que representa uma redução de 91%, em comparação ao mesmo período de 2016, de 527 milhões de dólares, informou a empresa em um comunicado.
A queda foi influenciada por uma redução de 39% na produção de cobre, o equivalente a 327.863 toneladas, ante as 539.824 toneladas produzidas em 2016, devido aos 44 dias de greve dos funcionários, a mais longa da história da empresa, responsável por quase 5% do cobre mundial.
Os trabalhadores de Escondida declararam a greve em 9 de fevereiro, reclamando melhores condições salariais e um novo acordo coletivo, mas, diante da impossibilidade de chegar a um acordo com a empresa, voltaram ao trabalho após 44 dias, estendendo por outros 18 meses o acordo antigo, com base na legislação chilena.
Durante o período, a receita ordinária associada às vendas de Escondida foi de 2,042 bilhões, o que representa uma queda de 25% em relação a 2016, devido à menor produção, graças à paralisação da mina, no norte do Chile.
Os custos também caíram 5%, a 1,899 bilhão.
O Chile é o principal produtor de cobre do mundo, com cerca de um terço da produção mundial, o equivalente a cerca de 5,6 milhões de toneladas anuais.