A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) apresentou na quinta-feira uma demanda para impedir que a Casa Branca obtenha dados privados de, eventualmente, milhares de usuários do Facebook hostis ao presidente Donald Trump.
Em fevereiro, depois da posse de Trump em 20 de janeiro, o governo solicitou ao Facebook dados sobre três usuários que considerava ativistas contrários ao novo presidente.
A página de um deles, chamada "DisruptJ20", com debates sobre manifestantes contrários à posse, foi visitada por milhares de usuários da rede social, cujas identidades seriam entregues ao governo se o Facebook atendesse a reclamação
A ACLU apresentou uma demanda a um tribunal de Washington com o objetivo de anular os pedidos ou restringi-los, com base em seu caráter "excessivo" e afirmando que violam a quarta emenda constitucional que proíbe investigações abusivas.
De acordo com a demanada, o alcance da informação solicitada permitiria ao governo ter acesso não apenas aos dados relacionados com os três usuários mencionados, mas também a terceiras partes, incluindo mensagens privadas e opiniões sobre uma gama de temas políticos ou sociais.
A princípio, os três usuários envolvidos não foram informados sobre as demandas porque estavam acompanhadas por uma ordem de sigilo, que o governo suspendeu após uma apelação em meados de setembro.
Os dados reclamados compreendem o período de 1º de novembro de 2016, uma semana antes da eleição presidencial, até 9 de fevereiro de 2017.
Os advogados da Casa Branca apresentaram uma demanda similar ao site DreamHost, também bloqueada na justiça atualmente.
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