O delegado do governo espanhol na Catalunha, Enric Millo, pediu neste domingo (1º) às autoridades separatistas da região que ponham fim à "farsa" do referendo de autodeterminação.
"O presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, e sua equipe são os únicos responsáveis por tudo que aconteceu ontem e por tudo que poderá acontecer, se não puserem fim a essa farsa", declarou Millo, em entrevista coletiva.
Millo anunciou que a Polícia catalã - os Mossos d'Esquadra - solicitaram ajuda às forças do Estado (a Polícia e a Guarda Civil) em 233 postos de votação.
"Um gesto que os honra", afirmou Millo, horas depois de criticar a inação dessa corporação para impedir a abertura dos colégios eleitorais.
No mesmo tom, o ministro espanhol do Interior, Juan Ignacio Zoido, pediu a Puigdemont e a sua equipe "que recuam em sua atitude de uma vez por todas".
Zoido acrescentou que a Polícia e a Guarda Civil "neutralizaram" pelo menos 70 colégios eleitorais, do total de 2.315 previstos pelo governo catalão para o referendo.
Hoje, a ofensiva policial contra os manifestantes decididos a votar deixou pelo 38 feridos até o momento, segundo os serviços catalães de emergência. De acordo com várias testemunhas, os disparos foram feitos com balas de borracha.
Nove agentes da Polícia Nacional e dois da Guarda Civil também ficaram feridos, "quando cumpriam as ordens da juíza", tuitou o Ministério do Interior, acrescentando que os agentes foram feridos por pedras.
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