O Vaticano decidiu abençoar um futuro musical com efeitos especiais de nove milhões de euros dedicado à Capela Sistina, em troca dos direitos autorais cujo montante não foi revelado.
As entradas para os museus do Vaticano - cujo ponto forte é o afresco do "Juízo Final" de Michelangelo, na Capela Sistina - continuam sendo uma das grandes fontes financeiras da Santa Sé, assim como os direitos de reprodução de suas obras.
O Vaticano apresentou neste fim de semana o espetáculo de uma hora, que estreará dentro de cinco meses, em 15 de março, em um auditório de Roma, próximo ao Vaticano.
O show, de 60 minutos, e que estará em cartaz ao menos um ano, se chamará "O juízo final, Michelangelo e os segredos da Capela Sistina" e pretende levar os espectadores na gênese da obra, explicou seu criador, Marco Balich, que projetou uma infinidade de aberturas para os Jogos Olímpicos.
O espetáculo consistirá em projetar imagens em alta definição da Capela Sistina, animadas com um ligeiro movimento, em uma enorme tela de 270 graus. Também participarão intérpretes reais e haverá uma música composta pela estrela britânica Sting.
O monsenhor Dario Edoardo Vigano, à frente do Ministério do Vaticano encarregado de Mídia e Comunicação, destacou o valor pedagógico do espetáculo, principalmente para as gerações mais jovens.
Para a diretora dos museus do Vaticano, Barbara Jatta, o show representa "uma síntese entre tradição e inovação".
Vinte mil pessoas de todo o mundo visitam a famosa capela todos os dias. O espetáculo dará a oportunidade de ver anjos, demônios, apóstolos e profetas de perto, em primeiro plano.
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