O Brasil vai ganhar, neste domingo (15), 30 novos santos de uma só vez. Tratam-se dos sacerdotes André de Soverval, Ambrósio Francisco Ferro e o leigo Mateus Moreira, além de outros 27 companheiros deles mortos nos massacres de Cunhaú e Uruaçú, no Rio Grande do Norte. O Papa Francisco vai canonizá-los em uma cerimônia na Praça São Pedro neste domingo, que será transmitida pela Rádio Vaticano ao vivo, com comentários em português.
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Vaticano abençoa futuro musical sobre a Capela SistinaPapa supera os 40 milhões de seguidores no TwitterDois detentos italianos convidados para almoço com o papa fogemArtista estampa camisetas com papa Francisco caracterizado de Super-HomemPapa canoniza 30 mártires brasileiros assassinados no século XVIIO padre Julio Cesar Souza Cavalcanti, que encaminhou a canonização dos mártires na Arquidiocese de Natal, informou à BBC que a identificação dos contemplados se dará por nomes e por identificação de parentesco e amizade das vítimas. Os 30 mártires já haviam sido beatificados em 5 de março 2000 no Vaticano.
À época, a cerimônia foi conduzida pelo Papa João Paulo II. O processo de beatificação foi concedido pela Santa Sé em reconhecimento aos cristãos brasileiros mortos em decorrência da invasão de holandeses no Brasil em 1645. Cerca de 150 católicos foram mortos na Capela de Nossa Senhora das Candeias, em Cunhaú, e depois em Uruaçu, comunidade de São Gonçalo do Amarante.
Fiéis tiveram as línguas arrancadas para não proferir orações e braços e pernas foram arrancados. Crianças foram partidas ao meio e degoladas. De acordo com a Rádio Vaticano, os chamados mártires de Cunhaú e Uruaçú foram os únicos mortos identificados.
Por esse motivo, somente eles serão reconhecidos na cerimônia.
O episódio teria sido uma retaliação holandesa aos que se recusavam a migrar para o calvinismo, movimento religioso protestante que difundiam. Ainda de acordo com a Rádio Vaticano, quase três meses depois do episódio, em 3 de outubro, outras 80 pessoas foram massacradas às margens do rio Uruaçú. Próximo ao local do massacre, em Uruaçú, foi erguido o Monumento dos Mártires, aberto a turistas e religiosos. Vários fiéis passam pelo local para acompanhar celebrações em homenagens aos mortos todo ano. .