A Malásia está negociando a retomada das buscas pelo voo MH370 com uma empresa americana, disse, nesta quinta-feira (19), o vice-ministro de Transportes, Abdul Aziz Kaprawi.
A empresa americana Ocean Infinity, a holandesa Fugro, que estavam envolvidas nas buscas originais, e uma companhia malaia apresentaram propostas para retomar a procura.
A Ocean Infity seria a favorita, por ter feito uma proposta "no find, no fee" (sem encontrar, sem pagar) para a busca pela aeronave da Malaysia Airlines.
O avião desapareceu com 239 pessoas a bordo em março de 2014, na rota entre Kuala Lumpur e Pequim, após sair do trajeto planejado.
Nenhum sinal da aeronave foi encontrado em uma área de 120 mil quilômetros quadrados selecionada por uma análise de satélites da possível trajetória do avião.
Liderada pela Austrália, a busca - a maior da história - foi suspensa em janeiro, despertando críticas de famílias das vítimas e de especialistas, alegando que foi cancelada cedo demais.
Nesta quinta, familiares dos passageiros receberam uma mensagem do MH370 Response Team na Malásia, segundo a qual a equipe está negociando um acordo com a Ocean Infinity.
"O MH370 Response Team recebeu várias propostas de agências interessadas em procurar pelo MH370", informou o e-mail, ao qual a AFP teve acesso.
O vice-ministro de Transportes da Malásia Abdul Aziz Kaprawi confirmou as negociações.
"O Ministério ainda está negociando para finalizar os termos. Preferimos a Ocean Infinity", disse ele à AFP.
Danica Weeks, uma australiana cujo marido, Paul, estava no voo, disse à AFP estar "em êxtase pelo governo da Malásia fazer o que precisa fazer e continuar a procurar o MH370".
Em nota, a Ocean Infinity disse que "foram feitos bons progressos" na negociação do contrato. A empresa diz ter a maior e mais avançada frota comercial de veículos subaquáticos para conduzir as buscas.
"Continuamos otimistas de que vamos conseguir ajudar e dar respostas àqueles que foram afetados por essa tragédia", disse um porta-voz em nota à AFP.
Apenas três pedaços do MH370 foram encontrados, todos eles na costa oriental do oceano Índico, inclusive uma parte da asa de dois metros conhecida como "flaperon".