Cinco dos nove filhos de Charlie Chaplin fizeram um apelo nesta quarta-feira (13) para salvar o Museu do Cinema de Londres, ligado à vida do grande cineasta, instalado em um antigo hospício.
"Esperamos sinceramente que façam tudo o que puderem para salvar o Museu do Cinema", escreveram Geraldine, Michael, Victoria, Annette e Jane Chaplin.
O Museu do Cinema advertiu sobre a possibilidade de fechar suas portas porque os proprietários não querem renovar o contrato de aluguel do edifício, que termina em março de 2018, e preferem vendê-lo.
Em sua carta, os filhos de Chaplin (1889-1977) recordam que o edifício que abriga o museu, no bairro londrino de Lambeth, "desempenhou um papel importante no início da vida de nosso pai".
"Ele, sua mãe e meio-irmão, abandonados por seu pai, viveram nas proximidades, em casas pobres, e muitas vezes precisaram buscar refúgio no hospício".
"Sua última visita ao hospício da Renfrew Road foi em maio de 1903, quando, aos 14 anos, levou sua mãe, a pé, sofrendo de graves transtornos mentais. Ela acabou sendo transferida para a casa de repouso de Cane Hill, onde acabaria passando praticamente o resto de seus dias sob cuidados psiquiátricos".
"Não é, de modo algum, uma parte a ser celebrada da história da família, mas reconhecemos que essa experiência dolorosa teve grande papel para moldar o dom criativo único do nosso pai", acrescentaram.