
O indulto foi concedido pelo presidente Pedro Pablo Kuczynski. Segundo a imprensa peruana, um comunicado da presidência da república informa que a junta médica que avaliou Fujimori determinou que ele “sofre de uma doença progressiva, degenerativa e incurável e que as condições carcerárias representam um grave risco à sua vida, saúde e integridade”. O indulto foi concedido a Fujimori e outras sete pessoas em condições similares às 18h (hora local) deste domingo.
O deputado Kenji Fujimori, um dos filhos do ex-presidente, usou o Twitter para agradecer ao presidente o que definiu como um "gesto nobre e magnânimo".
O deputado Kenji Fujimori, um dos filhos do ex-presidente, usou o Twitter para agradecer ao presidente o que definiu como um "gesto nobre e magnânimo".
Quiero agradecer en nombre de la familia Fujimori al Presidente Pedro Pablo Kuczynski por el noble y magnánimo gesto de brindarle el indulto humanitario a mi padre @AlbertoFujimori. Estamos eternamente agradecidos con Ud. Presidente @ppkamigo. Dios lo ilumine.
%u2014 Kenji Fujimori (@KenjiFujimoriH) 25 de dezembro de 2017
Fugimori estava preso desde 2007. Em 2013, o ex-presidente peruano teve negado um primeiro pedido de indulto que foi solicitado por sua família. E no início deste ano, o Tribunal Constitucional declarou-se contra a anulação do processo pelo qual ele foi sentenciado a 25 anos de prisão, até 2032, quando completará 94 anos.
Ele foi acusado como autor indireto do assassinato de 25 pessoas - casos La Cantuta e Barrios Altos - pelas mãos de um esquadrão da morte, durante sua luta contra a guerrilha maoista Sendero Luminoso. Também por sequestro agravado pela detenção arbitrária de um empresário e um jornalista.
A saúde de Fujimori vinha despertando acalorados debates no Peru desde que o presidente Kuczynski assegurou em abril que avaliava conceder o indulto humanitário baseado em um relatório médico independente. Várias fontes indicavam que o benefício poderia ser outorgado no fim do ano. (Com agências)
