A ex-presidente Cristina Kirchner, senadora pela oposição argentina, pediu nesta quarta-feira (17) para acelerar de que é alvo por fraude contra o Estado, com o argumento de que os fatos poderão ser esclarecidos.
O pedido tem "o propósito de conseguir o esclarecimento definitivo e público dos fatos que, de maneira enviesada, arbitrária e contrária ao direito, se relatam" na acusação, manifestou a ex-presidente em um texto apresentado ao juiz federal Julián Ercolini, informaram fontes judiciais.
Kirchner, de 64 anos, é acusada de desviar recursos públicos, aproximadamente 46 bilhões de pesos (2,4 bilhões de dólares) para obras viárias na província de Santa Cruz (Patagônia, sul), atribuídas a um empresário vinculado a seu entorno.
A denúncia do caso foi apresentada à Justiça pela deputada Margarita Stolbizer, de um partido aliado do governo do presidente Mauricio Macri, opositor a Kirchner.
Os procuradores também consideram que houve "uma associação ilícita" de Cristina Kirchner com familiares e amigos para favorecer o empresário Lázaro Báez, em prisão preventiva. A maioria das obras públicas em Santa Cruz foram outorgadas a Báez quando Kirchner foi presidente, entre 2007 e 2015.
Atual senadora pelo partido Unidade Cidadã (peronista de centro-esquerda), Cristina tem outros julgamentos a enfrentar, um deles pelo sistema cambial supostamente irregular do Banco Central durante seu governo e outro por suposto acobertamento a iranianos acusados de autoria do atentado contra o centro judaico-argentino AMIA, em 1994.