O autor do tiroteio racista que deixou seis feridos nesse sábado na cidade italiana de Macerata possuía um exemplar do livro Mein Kampf (Minha Luta), do ditador Adolf Hitler, além de outros objetos de inspiração fascista, como bandeiras.
Os policiais italianos divulgaram neste domingo algumas imagens da operação realizada na casa da mãe do homem que foi preso. Lá, encontraram o livro de Hitler, bandeiras com a cruz céltica e publicações como um manual sobre a República Social Italiana instaurada por Benito Mussolini. As informações são da agência de notícias EFE.
O detido pelo tiroteio é o italiano Luca Traini, de 28 anos, que na manhã do sábado percorreu as ruas de Macerata no seu carro, enquanto disparava contra pessoas negras. Seis ficaram feridas.
O atirador, que militou no partido xenófobo Liga Norte, foi detido quase uma hora depois aos pés de um monumento aos mortos na Segunda Guerra Mundial, fazendo a saudação fascista e coberto com uma bandeira da Itália.
Questão racial
O ministro de Interior italiano, Marco Minniti, declarou que a motivação do ataque é "uma clara questão racial" e que aparentemente o atirador agiu sozinho.
Traini, que foi acusado de delitos como massacre com o agravante de racismo, foi detido na prisão de Montacuto, em Ancona, em regime de isolamento, segundo a imprensa local.
Os investigadores tentam agora determinar qual foi o motivo que levou o rapaz a iniciar o tiroteio, que poderia estar vinculado ao recente assassinato de uma jovem em Macerata, um crime pelo qual foi preso um jovem nigeriano.
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