No total, 54 palestinos morreram em 2017 enquanto esperavam de Israel a autorização para sair dos Territórios Palestinos para receber atenção médica, denunciaram nesta terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS) e várias ONGs.
Segundo o centro Al Mezan para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, os anos anteriores registraram apenas poucos casos.
A OMS disse, por sua parte, que não dispõe de cifras que permitam uma comparação com 2016.
A agência da ONU indicou, no entanto, em um relatório, que das 25.000 autorizações pedidas no ano passado por palestinos da Faixa de Gaza, apenas 54% receberam uma resposta permitindo a tempo o atendimento médico. A porcetagem era de 62% em 2016 e de 92% em 2012, segundo a OMS.
Israel controla todos os acessos à Cisjordânia, um território ocupado desde 1967, e à Faixa de Gaza, com exceção de alguns quilômetros de fronteira entre o encrave e o Egito.
O Estado hebreu submete, além disso, a Faixa de Gaza a um rigoroso bloqueio para conter o movimento islamita Hamas, que dirige o território palestino.
A fronteira entre Gaza e o Egito só é aberta durante dez dias por ano, sem data fixa.
Em um comunicado conjunto, Al Mezan, Anistia Internacional, Human Rights Watch, Medical Aid for Palestinians e Physicians for Human Rights pediram a Israel que flexibilize suas normas para os pacientes palestinos.
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