Jornal Estado de Minas

Atirador do colégio da Flórida, um adolescente problemático e fã de armas

- Foto: foto: Sky 10/Reprodução
Nikolas Cruz, 19 anos, o atirador que causou a morte de 17 pessoas na quarta-feira (14) em uma escola de ensino médio da Flórida, era um adolescente admirador de armas e que havia sido expulso do estabelecimento de ensino por razões disciplinares.


O rapaz de 19 anos chegou no horário do fim das aulas do colégio que havia frequentado, o Marjory Stoneman Douglas High School de Parkland, portando um fuzil semiautomático AR-15 e uma grande quantidade de munição. Ele disparou o alarme de incêndios para dar início ao ataque contra os estudantes que deixavam o prédio.


A polícia do condado conseguiu prendê-lo mais tarde, na localidade próxima de Coral Springs.


Nascido em setembro de 1998, Nikolas Cruz postou nas redes sociais mensagens alarmantes, segundo o xerife de Broward, Scott Israel, sem precisar a natureza dessas mensagens, e insistindo na necessidade de denunciar esse tipo de publicação.


O retrato do agressor não foi divulgado pelas autoridades e uma conta no Instagram atribuída a ele foi excluída.


Cruz era conhecido na escola como um aluno com problemas, segundo vários testemunhos recolhidos pela imprensa local.


"Tive problemas quando ameaçou estudantes do ano passado e acha que disseram a ele que deveria abandonar o campus", declarou ao jornal Miami Herald Jim Gard, professor de matemática que o teve como alune em sua turma.


Segundo Gard, a direção do colégio havia advertido que Cruz não poderia entrar no recinto se estivesse portando uma mochila, por causa da de suas ameaças.


Embriaguez

Um estudante entrevistado pela cadeia local WSVN-7 explicou que Cruz era um garoto com problemas, possuía armas em casa e que havia comentado que iria usá-las. "Ele disparava seu fuzil porque dava uma sensação de embriaguez", comentou.

Segundo Nicholas Coke, outro aluno, Cruz era um jovem solitário, que abandonou a escola meses antes porque ia se mudar para o norte da Flórida, depois da morte de sua mãe.


Também teria tido uma preparação militar, segundo fontes do Pentágono que não deram mais detalhes.


Outro estudante entrevistado pelo canal local WJXT afirmou que já era previsível que o rapaz passasse das ameaças à ação.


"Honestamente, muita gente dizia que ele um dia ia disparar no colégio", declarou o aluno, que não foi identificado.


Ele explicou ainda que Cruz conhecia muito bem o lugar e os procedimentos da escola para casos de emergência.


"Ele estava no segundo andar, conhecia a disposição das salas de aula, sabia onde estavam os alunos. Estava habituado aos exercícios de incêndio, enfim, estava preparado", concluiu.

.