Um abade integrista, que comparecia em apelação desde terça-feira ante a justiça francesa por estuprar três professoras, foi condenado nesta sexta-feira (16) a 19 anos de prisão.
Em primeira instância, tinha sido condenado a 16 anos de prisão.
O tribunal acompanhou a pena com um seguimento sócio-judicial durante seis anos e uma ordem de tratamento por seus "problemas de desvio sexual". Também passará a fazer parte da listagem de delinquentes sexuais.
Christophe Roisnel, de 44 anos, escutou impassível o veredito.
Em abril de 2014, foi acusado e preso por atos cometidos em 2010 em uma escola que dirigia, Notre-Dame da Sablonnière, em Goussonville, uma localidade ao oeste de Paris. Trata-se de uma escola próxima à Irmandade Sacerdotal São Pio X, um movimento tradicionalista em ruptura com a Igreja Católica.
As vítimas o acusaram de ter usado sua influência psicológica para conseguir seus objetivos: falava com elas de agressões sexuais, reais ou inventadas, que estas haviam sofrido no passado e as fazia reviver estes episódios traumáticos para que, segundo ele, pudessem superá-los.
O sacerdote foi condenado em maio de 2017 por estupros, e não pelos atos brutais de que era acusado por uma das vítimas. Segundo ela, enquanto ele a estuprava, utilizava tesouras, agulhas, cabos de vassoura e outros utensílios, como escovas de dentes e pincéis.
O religioso, assim como a promotoria, apelou de sua condenação de primeira instância.
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