Quatro homens suspeitos de terem matado um orangotango com mais de 130 balas de fuzil de ar comprimido no início de fevereiro na ilha de Bornéu foram detidos, segundo a polícia indonésia.
Os suspeitos, que exploram plantações agrícolas, reconheceram ter matado o macaco macho porque destruía seus cultivos na ilha de Kalimantan, nome da parte indonésia de Bornéu, compartilhada pela Malásia e Brunei, segundo a polícia.
"Queriam afugentá-lo, mas acabaram matando", afirmou à AFP o chefe da polícia do distrito de Kutai, Teddy Ristiawan.
Os suspeitos vão ser acusados de matar uma espécie protegida e poderão ser condenados até cinco anos de prisão e 6.000 7.400 dólares de multa.
Um quinto suspeito, de 13 anos, foi detido, mas posteriormente libertado.
O orangotango, que também apresentava sinais de ter sido atacado com machado, foi encontrado morto por moradores do distrito de Kutai há duas semanas.
O caso aconteceu depois da prisão de dois indonésios suspeitos de ter jogado em um rio o corpo de um orangotango que que decapitaram depois de matá-lo a tiros.
Os orangotangos nas ilhas de Sumatra e Bornéu são uma espécie de em perigo crítico de extinção, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Segundo um estudo publicado na semana passada pela Current Biology, a população se reduziu pela matade desde 1999, com o desaparecimento de cerca de 150.000 exemplares, um fenômeno que se deve em grande parte ao desmatamento.
.