O policial destacado na escola da Flórida onde um atirador matou 17 pessoas na semana passada não entrou no edifício para tentar impedir o massacre, disse o xerife nesta quinta-feira (22), quando discute-se a ideia de armar os professores.
O oficial Scott Petersen "absolutamente esteve no campus durante todo o ocorrido", declarou o xerife Scott Israel em coletiva de imprensa.
Na quarta-feira, 14 de fevereiro, Nicolas Cruz, de 19 anos, entrou na escola Marjory Stoneman Douglas da cidade de Parkland - ao norte de Miami - e matou 17 estudantes, professores e seguranças.
Durante o ataque, Peterson permaneceu fora do edifício. "Estava armado, estava uniformizado", assinalou o xerife do condado de Broward, ao qual Parkland pertence.
De acordo com o vídeo de segurança, que não será divulgado, Peterson permaneceu em posição, no canto do edifício, mas "nunca entrou".
Israel disse que Petersen deveria ter "entrado, enfrentado o atirador, matado o assassino".
Também informou que suspendeu o oficial, sem direito a salário, e que este, ao contrário, decidiu se demitir.
O xerife confessou que ver o vídeo o deixou "devastado, mal do estômago, sem palavras".
Esta revelação é feita quando a sociedade americana debate a possibilidade de dotar professores e funcionários das escolas de armas e, eventualmente, que sejam capazes de se defender e proteger as crianças de um tiroteio em massa.
O presidente Donald Trump declarou nesta quinta-feira que as escolas "sem armas" são um ímã para os assassinos maciços. Na quarta-feira, havia dito que estudaria a ideia de armar alguns professores.
Mas a insistência de Trump em armar os docentes gerou rejeição no setor.
"Trazer mais armas para nossas escolas não faz nada para proteger nossos alunos e educadores da violência", disse Lily Eskelsen García, presidente da Associação Nacional de Educação (NEA), a maior união de profissionais dos Estados Unidos com quase três milhões de membros.
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