A economia americano não dá sinais de superaquecimento, então o mercado de trabalho pode continuar a se expandir sem gerar uma inflação problemática, garantiu o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell, nesta quinta-feira.
Após comentários destacando o fortalecimento econômico na terça-feira abalarem os mercados financeiros, temerosos de uma aceleração na alta dos juros pelo Fed, Powell esclareceu que o aumento gradual das taxas vai permitir que a economia continue a se expandir.
Com as movimentações adicionais na taxa de juros de referência, o Fed está tentando encontrar um equilíbrio entre alcançar o pleno emprego e não permitir que a economia se superaqueça, disse Powell no segundo dia de seu testemunho semestral ao Congresso.
Entretanto, ele disse ao comitê bancário do Senado: "Não há evidências de que a economia esteja atualmente superaquecendo".
Ele repetiu que o caminho gradual da taxa aumenta que o Fed tem buscado - com três altas no ano passado - "continuará a ser o caminho apropriado, enquanto a economia funcionar assim".
Esses comentários fizeram os preços das ações deslizarem. Economistas já previam um aumento da taxa na reunião do fim de março como uma certeza virtual, mas investidores e analistas agora esperam quatro altas neste ano, em vez de três.
O Fed pode, a qualquer momento, alterar a taxa de juros básica, que define todas as demais, desde hipotecas até empréstimos de carro.
Powell observou que, embora os cortes de impostos possam "aumentar significativamente o crescimento" nos próximos dois anos, até agora não há sinal de aceleração da pressão sobre os preços devido à alta salarial.
"Então, eu esperaria que certo fortalecimento continuado do mercado de trabalho possa acontecer sem causar inflação", disse.
Como outros integrantes do Fed, Powell disse estar surpreso que a inflação e a alta salarial não estejam mais presentes, conforme a economia se recupera de recessão global e o desemprego chegou ao ponto mais baixo em 17 anos, de 4,1%.
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