O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bloqueou nesta segunda-feira (12) a fusão entre os fabricantes de microprocessadores Broadcom e Qualcomm, alegando motivos de segurança nacional.
Trump emitiu uma ordem proibindo a oferta de aquisição de Qualcom proposta pela Broadcom, com base em recomendações do Comitê de Investimento Estrangeiro, assegurando que há evidência concreta de que o acordo "ameaça prejudicar a segurança nacional dos Estados Unidos", segundo um comunicado da Casa Branca.
A gigante de microprocessadores Broadcom, atualmente sediada em Singapura, anunciou que vai migrar sua sede para os Estados Unidos em abril.
A mudança de sede será em 3 de abril, dois dias antes de uma assembleia de seus acionistas, que devem se pronunciar sobre a compra da Qualcomm, por cerca de 117 bilhões de dólares.
A fusão, que seria uma das maiores já realizadas neste setor, estava suspensa desde que o Comitê de Investimentos Estrangeiros dos Estados Unidos (CFIUS) decidiu examiná-la.
Segundo a imprensa americana, o CFIUS teme que a fusão leve a uma queda do investimento em pesquisa e desenvolvimento, o que provocaria uma perda da liderança atual da Qualcomm na tecnologia 5G - e, consequentemente, dos Estados Unidos.
A Broadcom alegou, em nota, que a mudança da sede para os Estados Unidos já estava prevista e não está ligada à compra da Qualcomm.
"Em resumo, as considerações de segurança nacional não podem ser consideradas um risco sobre a sorte da fusão, pois a Broadcom nunca considerou comprar a Qualcomm antes de ter terminado a fixação de domicílio", segundo a companhia.
Uma fusão entre Broadcom e Qualcomm produziria o terceiro maior fabricante mundial de microprocessadores, atrás da líder Intel e do grupo sul-coreano Samsung.
.