O Vaticano decidiu manter dom José Ronaldo Ribeiro como bispo da Diocese de Formosa (GO), mesmo com ele preso. O religioso é acusado de ser o chefe do esquema de desvio de dinheiro de 33 paróquias de Goiás desbaratado na segunda-feira pela Operação Caifás.
Enquanto não se decide o destino de dom José, o arcebispo Paulo Mendes Peixoto vai atuar como o administrador da Diocese de Formosa, segundo decisão tomada pelo papa Francisco e publicada em um boletim divulgado na quarta-feira (21/3), no site do Vaticano. O texto é curto e não traz nenhum outro detalhe sobre o assunto.
Paulo Mendes Peixoto foi nomeado com "sede plena", termo do direito canônico que lhe assegura as mesmas atribuições do bispo dom José. O dinheiro vinha de dízimos, doações, casamentos e eventos realizados pela paróquia.
Paulo Mendes Peixoto foi nomeado com "sede plena", termo do direito canônico que lhe assegura as mesmas atribuições do bispo dom José. O dinheiro vinha de dízimos, doações, casamentos e eventos realizados pela paróquia.
Nota da CNBB
Na terça-feira (20/3), a CNBB divulgou uma nota oficial sobre o caso. No texto, o secretário-geral da entidade, dom Leonardo Steiner, pede Justiça nas investigações e convida fiéis a permanecerem unidos em oração. Ele também recomenda aos clérigos presos a se entregarem confiantes “à vontade misericordiosa de Deus”.
“A CNBB manifesta a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão bispo que a Justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus. A verdade dos fatos deve ser apurada com Justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo. Convido a todos os fiéis da Igreja a permanecermos unidos em oração, para sermos verdadeiras testemunhas do Evangelho”, diz trecho da nota.
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