A maior manifestação ocorrerá na capital americana, onde são esperadas 500 mil pessoas, número semelhante ao registrado na Marcha das Mulheres, em janeiro de 2017.
Sobrevivente do ataque a tiros na Flórida que deixou 17 mortos na escola secundária Marjory Stoneman Douglas, há cinco semanas, Zoe disse que participa do movimento em homenagem às vítimas do massacre. "Marcho porque estou viva e eles, não. Usarei minha voz para promover a deles, como teriam feito se estivessem aqui".
Como muitos dos organizadores e participantes da marcha, Zoe acredita que é protagonista de um movimento sobre o qual estudantes do futuro lerão. "Nós vamos fazer história. Nós vamos provocar mudanças. Não vamos parar até que elas ocorram." Mas os estudantes terão o desafio de manter a mobilização em um cenário no qual a cobertura de suas ações pela imprensa e a receptividade do público a sua mensagem tendem a diminuir.
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Rebecca estava na aula de jornalismo quando o ataque ocorreu e se escondeu com outros 19 estudantes no local onde são guardados equipamentos fotográficos. "Foram duas horas de puro terror. Realmente achei que ia morrer." Segundo a estudante, a crescente influência do movimento iniciado em sua escola aumentou sua convicção de que ela e seus colegas conseguirão realizar mudanças.
As demandas dos adolescentes incluem a proibição de vendas de fuzis semiautomáticos e de cartuchos de munição com mais de dez balas, a elevação para 21 anos da idade mínima para compra de armas, a verificação de antecedentes em todas as transações e o aumento dos recursos destinados ao tratamento de problemas mentais.
Pesquisa NPR/Ipsos, divulgada no início do mês, mostrou que a maioria dos eleitores apoia as propostas. Entre os entrevistados, 70% disseram ser favoráveis ao veto à venda de fuzis semiautomáticos e cartuchos com mais de dez balas.
A checagem de antecedentes de todos os compradores de armas foi defendida por 94% - as transações feitas em feiras de armas não passam por verificação. A proposta do presidente Donald Trump de armar professores foi rejeitada por 59%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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