O presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, o republicano Paul Ryan, de 48, não buscará a reeleição nas legislativas de meio de mandato de novembro e vai se aposentar da vida parlamentar em janeiro, ao final de seu mandato.
Ryan ainda não deu indícios de suas ambições políticas futuras.
"Esta manhã, o presidente Ryan compartilhou com seus colegas que este será seu último ano como membro da Câmara. Ele vai cumprir seu mandato e depois vai se aposentar em janeiro", afirmou Brendan Buck, conselheiro do presidente da Câmara, em um comunicado.
Buck disse que o congressista pelo estado de Wisconsin espera passar mais tempo com a família.
"Depois de quase 20 anos na Câmara baixa, o presidente se orgulha de tudo o que conseguiu e está disposto a dedicar mais tempo a ser marido e pai", completou Buck.
"Embora não tenha procurado o posto, disse a seus colegas que ser presidente da Câmara foi a honra profissional de sua vida e lhes agradeceu pela confiança que depositaram nele", acrescentou o conselheiro.
O republicano assumiu a liderança da Câmara em 2015, não muito convencido de que deveria ocupá-la, e nunca apoiou completamente o atual presidente americano, seu correligionário Donald Trump.
Chuck Schumer, principal liderança democrata no Senado, elogiou Ryan, a quem descreveu como "um bom homem que é sempre fiel à sua palavra".
Schumer acredita que, nos meses que lhe restam no Congresso, Ryan "se libere das facções duras de direita de sua bancada, que impediram que o Congresso concretizasse coisas".
Disse ainda que, se Ryan quiser procurar os democratas, vai encontrá-los "dispostos e ansiosos para trabalhar com ele".
A decisão de Ryan abre a disputa pela liderança republicana na Câmara de Representantes, com Kevin McCarthy e Steve Scalise vistos como os principais candidatos para o posto.
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