Os montenegrinos votavam neste domingo (15) para eleger um novo presidente, em eleições nas quais o dirigente pró-Ocidente Milo Djukanovic, que comandou Montenegro por 25 anos, aparece como favorito.
Quase 533 mil eleitores estão convocados às urnas entre 07h00 (02h00 de Brasília) e 20h00 (15h00 de Brasília) em 1.214 colégios eleitorais deste pequeno país dos Bálcãs.
Os primeiros resultados das eleições, acompanhadas por quase 2.000 observadores internacionais e locais, serão revelados neste domingo à noite.
Djukanovic, de 56 anos, foi primeiro-ministro em seis ocasiões desde 1991 e presidente durante um mandato (1998-2003). De acordo com as pesquisas, pode ser declarado vencedor já neste domingo, sem necessidade de aguardar o segundo turno, em 29 de abril.
Conduziu Montenegro à independência da Sérvia em 2006 e a sua adesão à Otan, efetiva desde 2017, para pesar da Rússia e de uma parte dos montenegrinos, em sua maioria eslavos e ortodoxos. Agora aspira a alcançar sua entrada na União Europeia.
Seu principal adversário é o empresário Mladen Bojani, também de 56 anos, que ao votar neste domingo pediu que "ponham fim ao reinado de um autocrata que quer transformar Montenegro em uma ditadura".
Apoiado pelas principais formações da oposição, pró-Rússia ou não, conta com cerca de um terço das intenções de voto.
O único candidato abertamente pró-Rússia, Marko Milacic, um jornalista de 32 anos, alcançaria apenas 3% dos votos.
As autoridades judiciais montenegrinas acusaram as instituições russas de estarem por trás de uma tentativa de golpe de Estado e, inclusive, de um projeto de assassinato de Djukanovic, que asseguram ter fracassado em outubro de 2016, algo que Moscou nega.
"A oposição nos propõe ser uma província russa" e defende "uma política retrógrada sobre o modo de vida multiétnico em Montenegro", acusou Djukanovic, que conta com o apoio maciço das minorias croata, albanesa e bósnia, que representam cerca de 15% do eleitorado.
Até a metade deste domingo, a participação era algo menor que 30%, semelhante à das legislativas de 2016, mas muito superior à da anterior presidencial, em 2013, que contou com 20%.
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