A Uber anunciou nesta terça-feira (15-05) que irá dar mais liberdade a usuários para prosseguir com processos na Justiça que envolvam denúncias de assédio sexual em veículos da empresa. Até agora, o aplicativo de transporte só negociava acordos fora dos tribunais.
A informação é do jornal londrino The Guardian e do canal de TV CBS.
A flexibilização da Uber por enquanto vale apenas para passageiros nos Estados Unidos e atinge também o acordo de confidencialidade, que fica banido. As vítimas de assédio passam a ter controle sobre suas ocorrências, podendo decidir sozinhas se querem ou não revelar os fatos à opinião pública.
A estratégia da Uber, implantada pelo presidente-executivo da Uber, Dara Khosrowshahi, é parte da tentativa de, daqui em diante, “fazer a coisa certa” (“do the right thing’), como informa o diário.
Nesse sentido, a empresa já havia anunciado, recentemente, que vai passar a fazer checagem anual da ficha criminal dos motoristas cadastrados e instalar no aplicativo um botão de emergência, medidas para tranqüilizar os passageiros.
Quando assumiu o cargo, em agosto do ano passado, Khosrowshahi encontrou a Uber afundada em altos índices de denúncias de assédio sexual por parte dos motoristas e tentativas de encobrir violação de dados e até roubo de segredos comerciais.
A Uber pretende ainda denunciar publicamente incidentes de má conduta sexual, com a expectativa de que isso possa deixar mais transparente o problema na indústria do transporte por táxis e aplicativos.