Soldados israelenses mataram uma palestina nesta sexta-feira (1) durante confrontos perto da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, indicou uma autoridade dos serviços de Saúde desse território palestino.
Razan al-Najjar, de 21 anos, recebeu um disparo a leste de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, declarou Ashraf al-Qodra, porta-voz do Ministério da saúde do enclave.
Desde o início do movimento de protesto palestino em 30 de março, os soldados israelenses mataram 123 palestinos.
Segundo o porta-voz, ela trabalhava como voluntária para o ministério e estava com o uniforme branco das equipes de saúde.
Um porta-voz do Exército israelense indicou que está investigando o incidente.
Em um comunicado, o Exército se referiu a "milhares" de manifestantes reunidos em cinco pontos ao longo da fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel que estavam "queimando pneus (...) e tentando danificar infraestruturas de segurança".
Foram registrados disparos contra um veículo militar e um palestino entrou no lado israelense da cerca de segurança, colocou uma granada e voltou ao lado palestino, continuou o Exército.
Destacou que seus soldados agiam "conforme as regras".
A Faixa de Gaza e seus arredores em território israelense viram na terça-feira o mais grave confronto militar entre ambos os grupos após a guerra de 2014 no enclave.
O Hamas e seu aliado da Jihad Islâmica lançaram dezenas de obuses de morteiro e foguetes na direção de Israel, que respondeu atacando dezenas de alvos das duas organizações na Faixa de Gaza.
Embora oficialmente só tenha causado feridos, este aumento da violência faz temer uma nova guerra na Faixa de Gaza, que já viveu três desde 2008.
Desde terça-feira, no setor da fronteiro houve manifestações de palestinos, mas de menor magnitude do que nas últimas semanas.
O Exército israelense enfrenta acusações de uso excessivo da força e pedidos de investigação independente pela ONU e União Europeia.